“Petrópolis hoje está respirando cultura e sendo realmente a capital nacional da literatura nesses cinco dias.” Carolina Freitas
Por Henrique Magini
Iniciando as mesas de debates locais, o tema “Por uma Petrópolis afrocentrada”, contou com a participação de Filipe Graciano, representante do governo na Coordenadoria Municipal de Promoção da Igualdade Racial (Compir) e Renata Aquino da Silva, doutora em educação do Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá, mediados por Lucas Ventura da Silva, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e do Instituto Histórico de Petrópolis, que debateram sobre o reconhecimento da contribuição do negro na construção da cidade. “Quando a gente fala sobre uma Petrópolis afrocentrada, é no sentido de pensar na questão histórica, colocar corpos negros no centro dessa narrativa”, explicou Filipe Graciano. “Foi necessário conhecimento africano para levantar essa cidade”, lembrou Renata Aquino.
Na sequência, na mesa intitulada “Prosa petropolitana”, com mediação de Ataualpa Pereira Filho, professor, membro da Academia Petropolitana de Letras e da Academia Brasileira de Poesia, contou com a participação de Carolina Freitas, jornalista, pesquisadora e membro da Academia Petropolitana de Letras e Fernando Costa, também membro da Academia Petropolitana de Letras e do Instituto Histórico de Petrópolis.
Os escritores contaram suas experiências e inspirações para suas criações. “Petrópolis hoje está respirando cultura e sendo realmente a capital nacional da literatura nesses cinco dias”, reconheceu Carolina Freitas. “Eu não consigo falar de Petrópolis, mesmo sendo um momento de tristeza, e foram vários que assolaram a nossa cidade, sem cultuar sua beleza”, disse Fernando Costa.
E, encerrando as mesas locais, Christiane Michelin, membro da Academia Petropolitana de Letras, e Shirley Vilhena da Academia Brasileira de Poesia, foram mediadas pelo músico e membro da Academia Petropolitana de Letras, Marco Aurêh, e falaram sobre suas experiências no tema “Poesia petropolitana”. “Escrevam como processo de cura”, aconselhou Shirley Vilhena. “Minha maior alegria foi ter podido conviver com meu pai. Ele era alegria viva, pulsante”, contou Christiane Michelin.
Sobre o Flipetrópolis
A primeira edição do Flipetrópolis foi viabilizada pela Prefeitura de Petrópolis, o patrocínio do Grupo Águas do Brasil e o apoio cultural do Itaú e da GE Aerospace, via Lei Rouanet do Ministério da Cultura. Todas as atividades realizadas dentro do Flipetrópolis são gratuitas. Com a curadoria de Afonso Borges, Sérgio Abranches, Tom Farias, Gustavo Grandinetti e Leandro Garcia, acontece entre os dias 1.º e 5 de maio de 2024, no Palácio de Cristal.
Serviço:
Festival Literário Internacional de Petrópolis – Flipetrópolis
De 1.º a 5 de maio de 2024, de quarta-feira a domingo
Local: Palácio de Cristal – R. Alfredo Pachá, s/n – Centro, Petrópolis / Programação Digital – YouTube, Instagram e Facebook – @flipetropolis
www.flipetropolis.com.br
Entrada gratuita