You are currently viewing Jamil Chade conversa com a escritora ruandesa Scholastique Mukasonga

Jamil Chade conversa com a escritora ruandesa Scholastique Mukasonga

  • Post category:Notícias

O escritor e jornalista Jamil Chade e a escritora ruandesa Scholastique Mukasonga estão na programação do Flipetrópolis, participando de mesas-redondas sobre seus trabalhos e, no caso de Jamil, também mediando conversas com autores. No dia 1.° de maio, quarta-feira, às 20h, Jamil vai mediar o encontro de Scholastique com a autora homenageada do Flipetrópolis, Conceição Evaristo.

Anterior ao Festival, Jamil Chade entrevistou Scholastique Mukasonga para a sua coluna no portal UOL. Reproduzimos abaixo parte do que Jamil escreveu após a sua conversa com a autora e deixamos o link para a leitura completa da matéria.

#Repost @jamilchade_oficial

Após atravessar um genocídio, os sobreviventes optaram por se recusar a levar o ódio no coração. É o que diz Scholastique Mukasonga, escritora ruandesa que explica como a sociedade do país africano agiu para conseguir olhar de novo para o futuro.

«Nós, os sobreviventes do genocídio, o que nos permitiu viver é que não deixamos o ódio habitar nosso coração. O ódio não constrói nada. Apenas destrói», disse em entrevista ao UOL.

Na próxima semana, ela estará no primeiro Festival Literário Internacional de Petrópolis, evento que ocorre entre 1.º e 5 de maio e que trará para a cidade nomes como Conceição Evaristo, Itamar Vieira Jr, Maria Ribeiro, Jeferson Tenório e outros artistas e escritores. Sua visita coincide com os 30 anos dos massacres que se transformaram no último genocídio do século 20.

«Nós, sobreviventes, aprendemos a viver com as feridas. Nunca iremos nos desfazer delas», disse.

Mukasonga nasceu à beira do rio Rukarara, em Ruanda. De etnia tutsi, ela e sua família foram deportadas em 1960 para a região ruandesa de Nyamata. Treze anos depois, ela se refugiou no Burundi com seu irmão. E foi longe de seus pais e irmãos que ela viveria o genocídio de 1994.

A escritora acumula reconhecimentos internacionais e é cotada para o prêmio Nobel de Literatura. No Brasil, seus livros, como «Nossa Senhora do Nilo», «Baratas» e «Kibogo subiu ao céu», são publicados pela editora Nós.

Em entrevista ao UOL, ela denuncia o papel do colonialismo como origem do genocídio e critica abertamente o abandono da comunidade internacional diante do massacre.

Mas ela também conta como conseguiu passar pelo luto, depois da morte de 37 de seus parentes, incluindo mãe, pai e irmãos. «A escrita me salvou», disse. «Escrevo para mostrar que eles morreram como seres humanos».

Programação de Jamil Chade e Scholastique Mukasonga no Flipetrópolis

No dia 1.° de maio, quarta-feira, às 17h, Jamil Chade conversa com o público sobre a temática “Jamil Chade e os segredos da Cruz Vermelha sobre o golpe no Brasil”.

Na mesma data, às 20h, Jamil vai mediar a mesa-redonda de Scholastique Mukasonga e Simone Paulino, editora de Mukasonga no Brasil.

No dia 2 de maio, quinta-feira, às 15h, Jamil faz a mediação da mesa com os jornalistas e escritores Chico Otávio e Matheus Leitão.  Ainda no dia 2, às 21h, Scholastique Mukasonga encerra a sua participação no Flipetrópolis em uma conversa com Conceição Evaristo, autora homenageada do Flipetrópolis, sob a mediação de Afonso Borges.

No dia 3 de maio, sexta-feira, às 15h, no auditório 1, Jamil Chade conversará com Carla Camurati, sob mediação de Aydano André Motta. E, às 21h, Jamil faz a mediação do encontro entre Míriam Leitão e a autora homenageada do Flipetrópolis, Ana Maria Machado.

No sábado, 4 de maio, às 14h, Jamil Chade e a escritora Patrícia Espírito Santo participam de conversa no auditório 2. No mesmo dia, às 20h, Jamil Chade encerra a sua participação no Flipetrópolis, com a mediação do encontro entre a ministra Cármen Lúcia e João Candido Portinari.

A primeira edição do Flipetrópolis foi viabilizada pela Prefeitura de Petrópolis, com o patrocínio do Grupo Águas do Brasil e o apoio cultural do Itaú e da GE Aerospace, via Lei Rouanet do Ministério da Cultura. Todas as atividades realizadas dentro do Flipetrópolis são gratuitas. Com a curadoria de Afonso Borges, Sérgio Abranches, Tom Farias, Gustavo Grandinetti e Leandro Garcia, acontece entre os dias 1.º e 5 de maio de 2024, no Palácio de Cristal.