Por Daniel Xavier
Não só de autores consagrados dispõe a primeira edição do Flipetrópolis. O festival literário também oferece a oportunidade de autores independentes, ou já publicados por editoras convencionais, lançarem seus livros gratuitamente no evento, fazendo parte da programação oficial. Foram mais de 150 inscrições recebidas e nesta quarta-feira (1.º/5), cerca de 20 escritores estiveram no estande de autógrafos, no Palácio de Cristal, para divulgar e autografar os trabalhos de sua autoria, com a chance de encantar novos leitores.
Um desses autores é a carioca Valéria Rezende, que já lançou três obras de contos e poesia de forma independente. Divulgando seus livros há cerca de cinco anos em eventos, conta que a recepção do público foi diferente no Flipetrópolis. “Eu já participei de outros festivais literários. Claro, todos são diferentes uns dos outros. Mas não nego que, em muitos dos que participei, senti que não ‘aconteceu’. Não houve demanda, foi tudo meio burocrático. Aqui, eu já senti o contrário. A troca com as pessoas foi calorosa, via-se que elas estavam realmente interessadas e engajadas. As vendas foram boas também. É gratificante”, afirmou.
“A comunicação com os autores foi o ponto alto. Teve uma troca genuína, a gente pode compartilhar experiências e conhecimento. Decidi vir ao Festival por conta do feriado, sem muita expectativa. Agora, já planejo voltar no domingo. Estou levando vários exemplares comigo na viagem de volta a Piabetá, cidade da Baixada Fluminense”, contou a leitora Márcia Bomfim.
Apesar de abrir espaço para autores de outras regiões do País, o Festival contou com a participação e presença maciças de petropolitanos, que relataram a contribuição do evento para a difusão da cultura e intelectualidade da região. Daniel Giotti, que recentemente publicou o primeiro livro solo, comemora a oportunidade de poder divulgar sua obra na Cidade Imperial. “Tenho uma relação muito forte e bonita com o município. Já participei várias vezes da Flitabira, mas ter uma edição petropolitana, aqui no Palácio de Cristal, dá outra sensação. A gente não tinha esse tipo de coisa na região antes. Uma cidade que respira cultura merece ter este tipo de festival. E digo: o Flipetrópolis está no mesmo patamar dos outros eventos literários”, declarou.
O casal Catarina Borzino e Jean Carlo Stivanello compartilha da mesma opinião. “A gente mora aqui há anos. A cidade tem muitas belezas, uma cultura riquíssima. E que agora, está sendo ampliada”, pontua ele. “Ter contato com pessoas diferentes, presenciar as reproduções das obras de Portinari e poder trocar essas experiências é uma oportunidade muito bacana”, disse ela.
Sobre o Flipetrópolis
A primeira edição do Flipetrópolis foi viabilizada pela Prefeitura de Petrópolis, com o patrocínio do Grupo Águas do Brasil e o apoio cultural do Itaú e da GE Aerospace, via Lei Rouanet do Ministério da Cultura. Todas as atividades realizadas dentro do Flipetrópolis são gratuitas. Com a curadoria de Afonso Borges, Sérgio Abranches, Tom Farias, Gustavo Grandinetti e Leandro Garcia, acontece entre os dias 1.º e 5 de maio de 2024, no Palácio de Cristal.
Serviço:
Festival Literário Internacional de Petrópolis – Flipetrópolis
De 1.º a 5 de maio de 2024, de quarta-feira a domingo
Local: Palácio de Cristal – R. Alfredo Pachá, s/n – Centro, Petrópolis / Programação Digital – YouTube, Instagram e Facebook – @flipetropolis
www.flipetropolis.com.br
Entrada gratuita